Afonso Henriques de LIMA BARRETO nasceu no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1881. Era filho de João Henriques Lima Barreto, um liberto que havia se tornado tipografo, e de Amália Augusta, filha de escrava e professora do ensino primário, falecida quando o escritor tinha apenas seis anos. Apesar de mulato nascido num país ainda escravocrata, teve uma boa instrução escolar, tendo a educação custeada pelo padrinho, o visconde de Ouro Preto. Chegou a iniciar seus estudos na Escola Politécnica, mas teve que abandoná-los para ajudar no sustento de seus irmãos. Um emprego público como amanuense no Ministério da Guerra, além de diversas colaborações na imprensa escrita, garantiram-lhe seu sustento e o tempo para se dedicar à leitura e à escrita. Atormentado pelo alcoolismo e por crises de depressão, faleceu aos 41 anos no Rio de Janeiro.
A OBRA
Lima Barreto é considerado o principal autor realista da República Velha. Sua obra é marcada pela observação atenta do cotidiano dos setores desprivilegiados da população, da vida do subúrbio e de seus personagens, elaborando uma arguta crítica social ao mesmo tempo em que resgatava certos valores tradicionais.
Além de cinco romances, Lima Barreto publicou contos, crônicas e textos de humor nos jornais e revistas da época. Suas principais obras são:
Recordações do Escrivão Isaías Caminha (1909)
Triste Fim de Policarpo Quaresma (1911, 1915)
Vida e Morte de M. J. Gonzaga e Sá (1919)
Clara dos Anjos (1922, 1948).
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